Hoje são muitas as dificuldades que o Brasil enfrenta, em se tratando de uma crise econômica que já dura vários anos. O que tem se refletido no processo de negociação salarial realizado pelo Sindicato com os diversos grupos empresariais que compõem a nossa categoria da Alimentação. Processo que, diga-se de passagem, não tem sido nada fácil, visto que os patrões aproveitam o momento para querer retirar direitos e até se recusam a negociar.
Esse é o reflexo das mudanças que a CLT sofreu em função da famigerada Reforma de 2017 (Lei 13.467) que fragilizou sobremaneira as relações de trabalho no Brasil.
Não bastasse isso, o presidente eleito e que tomará posse em 01/01/2019, diz a boca larga que seu projeto é ver as relações de trabalho funcionando no limite da informalidade. Ou seja: para facilitar a reprodução ampliada do capital, para aumentar o lucro das empresas é preciso que as condições de vida e de trabalho daqueles que vivem de salário venham a piorar. Em outras palavras: trata-se de um governo claramente a favor dos interesses patronais e contra o trabalho. Particularmente o trabalho organizado, regulamentado por lei e representado pelos sindicatos que são instrumentos de luta da classe trabalhadora, de defesa da democracia e da cidadania social.
No fundo o que o futuro presidente quer, a partir de janeiro de 2019, é ver os trabalhadores produzindo muito, feito burros de carga, recebendo remuneração irrisória e sem quaisquer direitos, apenas para satisfazer os desejos dos patrões. Isto não podemos de maneira nenhuma aceitar.
O que ele e sua equipe de governo não dizem é como vão fazer para atrair investimentos, desenvolver a economia de modo que esta volte a crescer, para gerar emprego e renda. O discurso de que essa retomada da economia passa pela destruição dos direitos não se sustenta. Está fazendo um ano que a reforma trabalho está em vigor e o desemprego e a miséria só aumentaram.
Por isso, é fundamental que em 2019 os trabalhadores se mantenham organizados e com disposição para lutar por seus direitos. Não apenas aqueles que estão inseridos nas Convenções e Acordos Coletivos, sobre os quais estão a recair a bronca dos patrões, mas sobretudo os que a Reforma da CLT fragilizou ou suprimiu.
Diante da situação posta não resta outra saída senão fortalecer a luta sindical, visando manter nossa organização como meio essencial para resistir à sanha destruidora dos patrões, e também do governo que está deixando claro que suas pretensões são acabar com o direito à aposentadoria e fragilizar ainda mais a CLT e toda estrutura (Sindicatos, Justiça do Trabalho e Ministério do Trabalho, etc.) que oferecem amparo à força de trabalho. Resistir é preciso!
É PERMITIDO SONHAR COM UM ANO MELHOR, MAS SEM DÚVIDAS, RESISTIR É PRECISO!
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