Dirigentes participam de aula do Professor e Historiador José Raimundo

Pejotização não é modernização, é fraude!

Durante a aula, José Raimundo explicou de forma objetiva e direta: pejotização é quando o trabalhador é obrigado a abrir uma empresa, ter um CNPJ, para continuar fazendo o mesmo serviço de sempre, só que sem carteira assinada, sem férias, sem 13º, sem FGTS, sem INSS, sem estabilidade, sem segurança.

A tal da "modernização" que os patrões pregam, na verdade, é um velho truque para transferir todo o risco da atividade econômica para o trabalhador, enquanto o patrão só lucra. E isso não é pouca coisa. Dados do IBGE mostram que hoje no Brasil temos cerca de 30 milhões de pessoas atuando como autônomos ou microempreendedores individuais (MEI), mas uma parte significativa está, na prática, trabalhando como funcionários disfarçados de empresas.

Levantamentos recentes do Dieese apontam que mais de 25% dos trabalhadores formais já atuam como PJ em atividades que deveriam estar protegidas pela CLT. Isso significa mais insegurança, mais informalidade e menos proteção social.

Quando falam em "flexibilizar", é sempre pra tirar dos trabalhadores. Nunca pra tirar dos patrões. E quem perde são as famílias, é o conjunto da classe trabalhadora, e é, sim, toda a sociedade, porque menos direitos significam menos dignidade, menos consumo e mais desigualdade”, destacou o historiador.

Ficou ainda mais claro que a pejotização não é um caminho de modernização, mas sim um retrocesso que ameaça direitos históricos conquistados com muita luta. Por isso, seguimos firmes, com ainda mais consciência e disposição, reafirmando: onde houver tentativa de precarizar o trabalho, haverá também a resistência.

Não à pejotização!

Comunicação STILASP 🤝